O Brasil é o lar de muitas das pedras preciosas mais coloridas do mundo. Uma dessas belas pedras é a esmeralda. Descobertos pela primeira vez em 1913, os depósitos comerciais foram explorados em 1963. Hoje, as exportações de esmeraldas brasileiras são avaliadas em cerca de US $ 50 milhões por ano.                                             

As principais áreas produtoras de esmeraldas estão nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, no leste do país. Uma das maiores minas do país é a mina Belmont, de gerência familiar, onde as pedras verdes foram descobertas em 1978 durante a construção de bebedouros para o gado. Belmont é uma empresa familiar agora que está na terceira geração.

Marcelo Ribeiro, neto do fundador e agora diretor, contou ao Simpósio sobre os métodos tecnologicamente avançados de lavagem e triagem do material e de localização das reservas de esmeraldas que vêm sendo adotadas pela empresa.

Em 2004, como complemento à sua planta de processamento de última geração, a Belmont foi pioneira no uso da triagem ótica, em que as pedras são enviadas por um sistema que identifica e seleciona eletronicamente as esmeraldas, explicou. A alta precisão, velocidade e confiabilidade desse processo permitem que a empresa mantenha alta produtividade enquanto mantém os custos baixos.

Em 2006, uma operação subterrânea mecanizada foi iniciada a uma profundidade de aproximadamente 75 metros. Localizada em veios de xisto negro, a camada esmeralda está a uma profundidade de cerca de 200 metros e pode descer até 1.000 metros. “A mecanização é importante”, disse Ribeiro. “Isso nos permite manter os custos baixos, controlar roubos e fornecer condições de trabalho mais seguras para nossos funcionários, que recebem salários e benefícios justos.”

Mas mesmo com essa mecanização, a mineração de esmeraldas é trabalho, para não falar de capital, intensivo. “Para cada 12 toneladas de material extraído, obtemos 1 tonelada de minério esmeralda. Isso resulta em 10 gramas de esmeralda na matriz, dando-nos três gramas de esmeralda bruta e três quilates de gemas facetadas”, acrescenta Riberio.”

Com os olhos voltados para o futuro e para a expansão, a Belmont fez investimentos significativos em pesquisas geológicas para encontrar novos leitos de esmeralda.

De mãos dadas com a pesquisa e a produção, a empresa se orgulha igualmente de suas iniciativas de responsabilidade social e de seu trabalho de proteção ao meio ambiente. Ambientalista ávido, Ribeiro explica que a Belmont “restaura tudo em que toca, seja replantando árvores ou aproveitando e reciclando a água usada no processo produtivo”.

Um de seus projetos envolve a proteção de mais de 1.000 hectares de Mata Atlântica para ajudar na preservação da vida selvagem no Brasil. Outra é reabilitar e libertar pássaros selvagens. “Também apoiamos e executamos projetos para promover a educação ambiental e o desenvolvimento social nas comunidades próximas à área de mineração.”

Para garantir a confiança em toda a cadeia de fornecimento de esmeralda, a Belmont também criou instalações de corte e polimento. Da mina ao mercado, diz Ribeiro, a Belmont é verde em todos os sentidos.

 

Fonte: http://www.incolormagazine.org/books/grmq/#p=17 -  Por Cynthia Unninayar