Você conhece os tipos de cravação de joias? Antes de mais nada, precisamos entender o que é cravação. Trata-se da técnica utilizada para fixar a pedra preciosa no metal. Desse modo, é um processo importantíssimo da fabricação.

Afinal, é ele que determina o estilo, design, formato, beleza, durabilidade e, ainda, o conforto das peças. Há várias maneiras de fixar as gemas. Apesar de algumas pedras exigirem um tipo de fixação no metal, há aquelas em que o profissional pode decidir, levando em consideração o efeito que espera.

A seguir, confira quais são as 5 principais formas de fixar as pedras nas joias e acerte na escolha das peças!

Cravação com garras

Nesse tipo de cravação, a pedra é presa à joia por meio de garras ou grifas. Variando de 3 até 6 garras, permite uma boa entrada de luz à gema, valorizando seu lapidado e explorando sua beleza. Por esse motivo, é o tipo mais utilizado em solitários.

Em geral, as garras são feitas separadamente e, em seguida, dobradas sobre a pedra, adaptando conforme cada lapidação. Esse tipo de estrutura requer um grande cuidado. Afinal, qualquer falha pode comprometer a fixação da gema.

 

Anel de cravação com garras

 

Cravação Inglesa ou Besel

O método inglês é o mais antigo e tradicional. Também é o mais seguro, pois consiste em prender a pedra por um aro de metal pressionando todas as suas extremidades e com uma parte dobrada sobre a gema.

Anel com Cravação Inglesa. Foto: Condor Joias

 

Esse acabamento pode ser de diversas formas: arredondado, reto ou com alguns recursos para valorizar o design da peça. Uma vantagem dessa técnica é que ela pode ser utilizada em praticamente todos os tipos de lapidação.

Cravação Pavê

O termo “pavê” tem origem na França e se refere às antigas ruas pavimentadas com paralelepípedos. Então, a ideia é a mesma: “pavimentar” uma grande área da joia com gemas pequenas e muito próximas umas das outras.

 

Anel Cravação Pavê Ouro 10k. Foto: Elo7

 

É importante ressaltar que a distribuição das pedras não é feita de forma aleatória, ou seja, segue um padrão de posicionamento. Desse modo, esse tipo de cravação de joia é bastante usado na alta joalheria, pois oferece peças com muita sofisticação.

Cravação por tensão

Esse tipo de cravação de joia mantém a pedra presa com dois ou mais pontos de contato. Por isso, é mais comum em anéis e, às vezes, em pingentes. Para isso, é necessário utilizar a forja a frio, que além de criar a forma, também altera as propriedades do metal, deixando-o mais duro e, assim, fixando melhor a gema.

 

Anel cravado por pressão. Foto: Simone Oliveira Barbosa 

 

Chamamos de cravação por tensão porque, como o metal deve ser forjado a frio, os elementos que o compõem ficam menores em virtude das batidas da ferramenta durante o processo. Isso faz com que ele fique mais duro, colaborando com a cravação por pressão.

Cravação invisível

Também conhecida como “Mystery Setting”, é uma técnica que surgiu com o movimento Art Déco. Por esse método, as gemas escondem totalmente o metal.

 

Anel Cravação Invisível Borboleta Safira. Foto: Nayara Marra Joias

 

Então, é feita com pedras retangulares ou quadradas que ficam muito próximas umas às outras e cobrem totalmente a base metálica, dando a impressão que flutuam e permitindo sua visualização e valorização das gemas.

Agora que você já conhece os principais tipos de cravação de joias, ficará mais fácil escolher as mais adequadas para o público da sua joalheira. Portanto, analise cada uma com atenção e veja qual atende melhor aos desejos e necessidades da sua cartela de clientes.

Fonte: www.bautz.com.br/blog